m a l a m i k i g i :



terça-feira, dezembro 10, 2002
era um post sobre a busca da felicidade plena.
sobre como isso é impossível e sobre como, no entanto, não podemos nos sentir culpados por isso, para que a busca de um estágio pelo menos tolerável de conforto - carros velozes, bolsas de valores, animais no zoológico, ciência e bombas atômicas - faça algum sentido. para que a sensação de trabalho pela metade não nos coma vivos.
. mas todo o post se apagou de repente por conta de algum comando atrapalhado. alguma falha humana.
e agora a falha humana realmente faz sentido. a falha humana de verdade não é a falha humana inofensiva. a pequena falha humana. como isso. a falha é mais que aquilo que você denuncia, é mais que o erro exposto. é a impossibilidade desoladora de conserto.




im lost at sea. dont bother me. ive lost my way. . youre living in a fantasy world. youre living in a fantasy world.



: post:

responsabilidades compulsórias.
deveres acumulados.
só por um momento um breve momento eu gostaria de saber o que é não ter compromissos. como é viver a vida do meu jeito. como é sensorial e espiritualmente a experiência da felicidade. do que deveria ser a felicidade. "felicidade é o máximo que você pode ser feliz". hmph.
viver do seu jeito é egoísta. sim sim,. mas por que nossos desejos têm que ser tão divergentes? muita diversidade pra pouca tolerância, obedecendo caminhos certos para fins limitados.
um cosmos pobre pobre pobre.






h m.
a infelicidade vem mesmo do desejo de ser feliz. e nem é preciso ser buda pra saber disso .
a busca da perfeição e da felicidade plena é automaticamente invalidada pela institucionalização da disputa de direitos. where i end and you begin. enquanto você achar que está necessariamente violentando a liberdade do outro para poder ter a sua, você nunca será feliz. hm. talvez feliz, mas culpado.
$
por um momento eu gostaria de poder saber se a provação como única via pro sucesso é universal, existente em todas as sociedades do mundo inteiro. se não é possível levar a vida do seu jeito sem ser incitado todo instante a desejar ter outra vida. mas sem essa merda de oh-alienação-!, porque todo mundo sabe que esse conceito só vale pra nós que o inventamos e precisamos dele pra criar planos de fuga das nossas pequenas gaiolas históricas.

eu gostaria de poder saber se há algum lugar no mundo onde não exista a armadilha da legitimação do desejo somada à impossibilidade de não poder substancializá-lo.
só isso.
onde as pessoas são felizes sendo o que são. e as ambições não são tão torturantes e destruidoras.



segunda-feira, dezembro 09, 2002



if man is 5
then the devil is 6
and god is 7








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