m a l a m i k i g i :



terça-feira, janeiro 07, 2003
I. por que Às vezes é tão difícil saber o que dizer na hora certa? por que algumas coisas precisam de tanta reflexão para serem chutadas de volta pro buraco de onde a sairam? poruqe cada vez que algo inverdediro inverdadeiro passa incontestado, uma verdade imprópria continua exuisti existindo.
por que você deve esperar até a p´róxima vez em que uma verdade imprópria lhe atinja acintosa como um cuspe na cara para poder afinal botar pra fora todas as respostas certeiras guardadas e que desabam como uma chuva de ranço e ressentimento e já não fazem mais efeito? insistir vale tanto quanto causar impacto?. por que é contra as regras ligar pra pessoa no meio da noite quando você, no meio da angústia da sua insônia. , lembra que podia ter deixasdo clarop deixado ck claro a sua própria verdade? ou simplesmente ter sido genial...? I
DONT
KNOW
WHY I
FEEL
SO
TONGUE-
TIED.
por que deixar as pessoas acreditarem no que querem ? por que deixar verdades impróprias soltas à revelia de sua inconsistência e petulÂncia?
é preciso estar sempre atento para saber quando você está sendo contestado , pra saber quando o seu corpo está sendo carregado mesmo você estando vivo. é preciso estar numa vigília perpétua de modo a não se perder do que você sabe e do que você é. é preciso estar numa vigília perpétua de modo a não se perder do que você sabe e do que você é.é preciso estar numa vigília perpétua de modo a não se perder do que você sabe e do que você é.é preciso estar numa vigília perpétua de modo a não se perder do que você sabe e do que você é?


II. resoluções para uma vida melhor:
1. tomar resoluções para uma vida melhor;
2.

III. quem
quem nunca do alto do seu reino de virtudes
nunca já se apaixonou
por um fantasma do limbo
ou uma estrela de hollywood?

viva
dont want no blue eyes.



segunda-feira, janeiro 06, 2003
HMPF.
t o n gi
L I V E B A D P O E T R Y
T O N I G H T
S O L D O U T


quem
quem nunca do alto do seu reino de virtudes
nunca já se apaixonou
por um fantasma do limbo
ou uma estrela de hollywood?




fckng tng dsr
lv yr fckng fc t th mgzn.



mas a pior parte é ainda ser traído.
b u m m e r .

domingo, janeiro 05, 2003

lisa se despediu de darla e anita suas novas amigas com um beijo.
os livros debaixo do braço, mais uma vez no caminho de casa lisa ia pensando no professor de matemática em seu sorriso e em seu olhar. enquanto atravessava as ruas e dobrava as esquinas prestando atenção aos carros, aos ônibus e aos semáforos, as fantasias iam e vinham na cabeça de lisa como ondas de uma maré de ressaca que se retraem e depois avançam sobre o cais. lisa se divertia ideando fantasias com o professor de matemática e brincando de rechaçá-las com o cinismo de seu pudor.
chegou em casa cansada, e já cansada pelo resto da semana que se anunciava.respirou fundo, olhou ao redor e se perguntou como havia deixado as coisas chegarem àquele ponto ,de não conseguir suportar a escola pela escola apenas. lisa não sabia onde no caminho havia se perdido. estava cansada de estudar tanto e ainda assim se sentir inútil e sozinha. lisa estava feliz por haver descoberto que felicidade e realização não precisavam passar necessariamente pelos méritos das notas impecáveis e da resignação disciplinar . a felicidade podia ser darla e anita.
e vítor. vítor vítor vítor.
estudar coisas e saber sobre elas servia a lisa para além do intento de salvar o mundo. darla e anita e vítor faziam lisa querer ser uma menina melhor. e todo o resto pareceu extremamente vão a lisa no milissegundo entre seu suspiro e o impulso com que se levantou da cama para ir à cozinha beber um pouco d'água.
na porta da geladeira "um recado para mim?". lisa quase nunca recebia recados pela porta da geladeira. "lisa, um tal de márcio ligou aí", na letra apenas sofrível do seu irmão ainda menos sofrível.
márcio márcio márcio. lisa não pôde se lembrar de qualquer márcio que conhecesse, e seu trabalho de apelo à memória não durou mais que o tempo de ir apanhar um copo no armário e encher ele de água. um gole e pronto - de pronto estava inevitavelmente com o pensamento em vítor novamente. como afinal as luzes tivessem se apagado e o espetáculo tomado início de repente. vítor vítor vítor. o brinquedo com que lisa não tinha medo de se cansar de brincar nunca. era divertido pensar em vítor e ter fantasias com vítor. o olhar mais tímido da turma o sorriso mais raro o corpo mais frágil o brinquedo de vidro de lisa o pequeno animal mais manso que lisa fantasiava domar e ter à disposição em sua estrebaria.
então o telefone tocou.
- quem?
- márcio, irmão de vítor da sua turma. lembra dele?
- ah eu acho que eu lembro sim.
- ele pediu pra eu ligar pra você.
- foi?
márcio falava do hospital onde vítor tinha se internado depois de o ônibus ter acertado ele na volta da escola. vítor não tinha ido pra aula aquele dia, e agora lisa sentia a falta que vítor fez aquele dia. ai ai vítor.
e, bem, lisa, vítor, ele...
- aí ele me deu o seu telefone e me disse pra ligar quando achou que já tava morrendo... ele gostava muito de você, lisa... e pediu pra eu ler isso aqui pra você:



































quem
quem nunca do alto do seu reino de virtudes
nunca já se apaixonou
por um fantasma do limbo
ou uma estrela de hollywood?

hmpf.










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